segunda-feira, 30 de novembro de 2009

NAQUELA NOITE


Naquela esquina te encontrei
Vagueavas sozinha
Pelos muros do silêncio
Na sombra da noite

Nos olhos…

Tinhas melancolia e tristeza
Uma lágrima…
Escorria pelo teu rosto
De uma beleza cativante
Como os meus olhos
Jamais viram...

Quando nos aproximamos
Um do outro
Senti um arrepio!
Não conseguia articular uma palavra
O meu coração batia forte
Muito forte!
Mal podia respirar…
Olhamo-nos nos olhos
Sorriste para mim
Com um sorriso radiante…
E luminoso
Naquele momento…
Sabia que eras tu
Quem eu sempre sonhara
Mas nunca encontrara

Naquela noite…
Naquela esquina…
Encontrei-te, meu Amor…


Gil Moura

sábado, 28 de novembro de 2009

ESTRELA DOS LÁBIOS DE MEL



No firmamento infinito
Tu és como uma estrela
E o teu brilho e cor
Se destacam de entre as demais
És minha, estrela de lábios de mel
Dona do universo
Dos meus infinitos sonhos.

Ó voz da minha canção ao entardecer
Minha estrela cintilante
Vou gritando ao vento
Que arrasta a minha voz
No crepúsculo da tarde.
.
Nas teias da minha música
Que teci de poesia
Te prendi, meu amor…
E nos meus olhos
Vestidos de esperança
Começa o mundo do sonho
Do meu firmamento infinito.


Gil Moura

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

VOU FALAR-TE, AMOR...



Vou falar-te, amor…
Das nossas aventuras
Dos caminhos que percorremos
Dos mares que navegamos
Dos desertos que atravessamos
E tudo quanto sonhamos
Em busca da felicidade.

Vou falar-te, amor…
Das noites escuras
Em que foste o luar
Na minha escuridão.

Vou falar-te, amor…
Dos dias tristes
Em que foste o meu sorriso
O meu doce paraíso
O ombro para eu chorar.
E quando perdido
Pensando que mais nada me restava
Foste o meu chão
A minha estrada
Onde pude caminhar.

Vou falar-te, amor…
Dos teus olhos
Que são a luz da minha vida
De quanto te amo, minha querida
E que sempre te amarei…


Gil Moura

terça-feira, 24 de novembro de 2009

RECORDAÇÕES


Fui alguém, que não dançando, dançou
E fui quem passou momentos tais…
No corpo e na alma, tão reais…
E quem o som da música, em mim ficou.

Tantas canções ouvi, que me encantaram!
Muitas dancei, lindas demais…
Outras tristes, sofridas, sempre iguais
Que dentro dos meus ouvidos, lá ficaram.

Melodias, que no meu disco, gravei
No sótão das recordações, guardei
Canções que nas quais eu me revi…

Neste disco de memórias, intemporais
Onde a música se propaga, nos anais
Das danças que dancei…e que vivi!...

Gil Moura

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

NO SILÊNCIO DA NOITE


No silêncio da noite
No cansaço que o meu corpo transporta
Deixo que o sono me absorva
E devore a minha mente
Absorta no torpor das emoções.

Nas horas alucinantes da noite escura
Onde o sono me engole lentamente
Abro a janela dos sonhos
Deixo a mente flutuar
No universo incontrolável
Do desejo sonhado
Onde quero voar
Me deliciar
No silêncio da noite.


Gil Moura

domingo, 22 de novembro de 2009

GRITOS SILENCIOSOS

Imagem tirada da net


Junto ao rio da indiferença
Onde mergulha a desilusão
Estava deitada a quimera
Ao pé da inquietação.

Junto ao vale do infortúnio
Sentada em pose de musa
Estava a tristeza, coitada!
Sozinha, muito confusa.

Ao lado, estava o lamento
Trazendo o amor que fenece
De olhos semi-cerrados
Pousando os braços cansados
Sobre os joelhos, em prece.

Por fim, lá estava a agonia
Com a alma a sangrar
Deitada sobre um manto
Sufocada em mudo pranto
Sem vontade de chorar…

Gil Moura

O OUTRO LADO DE MIM


Sentei-me
No outro lado de mim
O outro lado
Onde não costumamos olhar
Não ligamos importância
Passa ao lado de nós
Como se não existisse
Como se fôssemos apenas um…

Mas esse lado
O outro lado de nós
É aí que reside
Toda a nossa essência
Toda a consciência de nós.

Que nos faz reflectir
Nas nossas interrogações
Nas nossas duvidas
Nas nossas inquietações
Em toda a nossa caminhada
Em todo o nosso percurso
Neste universo complexo
Na nossa efémera existência.

Hoje sentei-me
No outro lado de mim.

Gil Moura